Eu inventei de brincar de árvore genealógica e comecei a montar uma num site que encontrei na net (www.myheritage.com.br/site-family-tree-99872073/familia-delma-maiochi). Achei que seria uma boa ideia colocar em ordem as datas e nomes que tinha espalhado em pequenos papéis enfiados na minha pasta "dos antigos"... poxa, e não é que tava dando certo!? Os galhos floresciam e as folhas ficavam suculentas de informações.
Foi então que comecei a reparar que tinha uma boa quantidade de nomes repetidos...
Pensei: putz, já fiz cáca, coloquei duas vezes a mesma pessoa em lugares diferentes. E dá-lhe conferência... mas estava tudo certo. Aí entendi que, obviamente, os casais tendiam a se repetir nos galhos familiares quando dois irmãos casavam-se com duas irmãs... até aí tudo bem. Mas, o fato ocorria com uma frequência estranha e resolvi checar melhor. Então, pasmem, descobri que meus familiares são mais "collegati" (conectados) que eu imaginava. O entrelaçamento entre os membros da mesma família é algo surpreendente. Chega a ser confuso o emaranhado de um mesmo sobrenome. Na certidão de casamento de minha bisavó Sophia apenas o tabelião não era Passoni. Quer dizer, isso porque eu não procurei mais profundamente, vai saber? Tenho a impressão que se um de nós precisar de transplante de medula (livra-nos desse mal) vai encontrar vários bons doadores debaixo do mesmo teto.
Vou lançar um desafio pra minha bióloga-de-plantão Elisa: que tal descobrir a semelhança de nossos tipos sanguineos? Ei, Elisa, dá até uma tese de mestrado!!!
Nesse esmiuçar de galhos ancestrais pude constatar como somos próximos (em sangue e certidões). Um verdadeiro ajuntamento, ousaria dizer que, com o perdão dos puristas, somos uma "etnia" não mais muito agrupada. Não tem como olhar para meus parentes sem enxergar a longa e espessa árvore que nos une.
E também isso me ajudou a entender a alegria de "pertencer". Não posso mais sentar no colo da bisa Sophia, nem abraçar o bisa Amilcare, muito menos vou poder dizer: como é bom ter seu sobrenome, nono Luiz. Mas, posso ainda desfrutar do colo da minha mãe, do beijo da tia Antonia, dos abraços dos meus inúmeros "pimos e pimas". Eles representam vivamente essa conexão com meus antepassados, fortes no sentimento de afinidade e de pertença. Fazemos parte um do outro, os bisnonos se encarregaram de dar início à construção de nossas identidades, encadeando os genes e, principalmente, os sobrenomes.
Nesse esmiuçar de galhos ancestrais pude constatar como somos próximos (em sangue e certidões). Um verdadeiro ajuntamento, ousaria dizer que, com o perdão dos puristas, somos uma "etnia" não mais muito agrupada. Não tem como olhar para meus parentes sem enxergar a longa e espessa árvore que nos une.
E também isso me ajudou a entender a alegria de "pertencer". Não posso mais sentar no colo da bisa Sophia, nem abraçar o bisa Amilcare, muito menos vou poder dizer: como é bom ter seu sobrenome, nono Luiz. Mas, posso ainda desfrutar do colo da minha mãe, do beijo da tia Antonia, dos abraços dos meus inúmeros "pimos e pimas". Eles representam vivamente essa conexão com meus antepassados, fortes no sentimento de afinidade e de pertença. Fazemos parte um do outro, os bisnonos se encarregaram de dar início à construção de nossas identidades, encadeando os genes e, principalmente, os sobrenomes.
Confiram comigo o "cipó" que nos permitiu nascer. E ainda não cheguei nem na metade, porque o cérebro dá nó, acreditem!
Passoni - Sophia casou-se com seu primo Luiz. O filho Ambrósio casou-se com a prima Estela. A filha Maria casou-se com o primo Santo (irmão de Estela). A filha Roza casou-se com o primo André. Então, todos os cônjuges dos filhos, que já eram sobrinhos, tornaram-se genros e noras do casal Sophia e Luiz. Todos eles são meus tios-avós. Duas vezes!!
Nicola - A filha de Sophia e Luiz, Tereza Passoni, casou-se com Ernesto Nicola. Ernesto era irmão de João, que se casou com Diamanta Passoni, que era sobrinha de Sophia. Portanto, Diamanta tornou-se, além de prima, cunhada de Tereza. A Diamanta seria minha tia-avó e também uma prima de uns graus (se fosse etílico estaria bêbada).
Maiochi - Maria Maiochi, irmã de meu pai José, casou-se com Paschoal Passoni. Paschoal era tio de minha mãe Idalina. Maria, então, era ao mesmo tempo tia e cunhada de minha mãe. E a relação comigo? Hummm... tia duas vezes? três vezes? Deve ser por isso que gostava tanto dela...
Meu pai José Maiochi casou-se com minha mãe Idalina Nicola. O irmão dele, Roque, casou-se com a irmã de minha mãe, Lourdes. A irmã de meu pai, Antonia, casou-se com o irmão de minha mãe, Luiz. Dava troca de bebê na maternidade, não dava?
Meu pai José Maiochi casou-se com minha mãe Idalina Nicola. O irmão dele, Roque, casou-se com a irmã de minha mãe, Lourdes. A irmã de meu pai, Antonia, casou-se com o irmão de minha mãe, Luiz. Dava troca de bebê na maternidade, não dava?
Capisci quello che digo?
Pára!!! O tico e teco já estão em curto-circuito com esse emaranhado maluco de família. O que eu consegui deduzir, nessa gama de informações, foi que você, Delminha, faz parte de uma família assumidamente pão-dura. Isso mesmo! Povinho que tinha e, pelo que pude notar, continua mantendo um escorpião no bolso. Essa coisa de casar primo com primo é desculpa para economizar na festa. O golpe está em uma lista única de convidados, o que diminui os gastos em 50%. Rs... E, pensando bem, olha só que ironia do destino - meu nono, Caetano Peterle, acabou sendo "explorado" dessa bagunça matrimonial que você tão bem descreveu. O coitadinho foi testemunha da maioria dos casórios, o que confirma a minha tese de "pão-durismo" da tua gente. Além de economizar nos convidados das festas, ainda economizam na testemunha!
ResponderExcluirSim, Adriana. E tudo o que esse povo economizou ficou de herança pro Chico. Vc acha que ele fez Direito pra que? rsss
ResponderExcluirE teu avô Peterle (desculpa aí seu Caetano) gostava de uma festa isso sim. Os noivos apontavam lá no caminho das fazendas e ele pegava a caneta pra assinar o registro. Depois tomava vinho e comia morcela, com certeza...hahaha