Porque lembrar é preciso...

Porque lembrar é preciso...
"Partire è un pó morire", dice l’adagio, ma è meglio partire che morire, aggiunge Carrara. ("Partir é morrer um pouco", diz o adágio, mas é melhor partir do que morrer, retruca Carrara.)

domingo, 11 de julho de 2010

Tenho saudade da minha infância (texto de Vânia A. Nicola de Ponti de Oliveira Brito)


Lembro-me quando era criança e morava com meus avós maternos Joana Facci e Maurilo Nicola em São Roque da Fartura, pequena comunidade depois da divisa de Poços de Caldas.
Mais que avós, eles foram meus pais. O tempo da infância na casa ao lado da bica d’água foi feliz, com direito a canequinha de alumínio para apanhar amora e chupar laranja-lima no pé.
Meu avô era bravo, carrancudo, mas o coração tinha gestos amorosos, como o de colocar capim na sala para o ‘burrinho’ do papai Noel e deixar lá um presente de Natal.
Eu era a princesa paparicada, talvez por ser a mais velha dos irmãos (Donizeti e Paulinho) e também a única neta, filha da única filha Terezinha.
Fiquei com a vó Joana até meus 10 anos, quando meus pais se mudaram para Vargem Grande do Sul. Naquele dia de despedidas ela chorou muito. Eu também.
Vô Maurilio era um homem muito bom. Numa época em que meu pai (Edson Lopes) viajava bastante, ficava meses fora de casa, ele e vó Joana foram a nossa base para nossa educação e formação.
Depois crescemos, mudamos para Poços, casamos, tivemos filhos. Mas vô e vó sempre foram referências.
Anos mais tarde, quando eles vinham nos visitar, principalmente na época de Finados, vó Joana trazia uma linda cesta de palmas que plantava especialmente para a ocasião. Enfeitava com carinho o túmulo dos pais dela (Angelo Facci e Adelia Rossi) no cemitério da saudade, que ainda visitamos e cuidamos. E meu avô, achando que a gente continuava criança, nunca se esquecia de trazer doces.
Hoje, aos 46 anos, família formada, me pego pensando nos bons tempos em que podia sentar no colo dos avós.
São tantas as lembranças boas deles que se fosse escrever todas daria um livro. E dos bonitos. Sinto muita saudade, mas ficaram as lembranças daquele tempo bem guardadas na memória e no coração.
Então, aproveito esse espaço que a Delma criou pra nossa família e deixo o meu carinho para meus pais, meus irmãos e, principalmente, meus queridos avós. Agradeço também a tia Idalina, que tanto nos ajudou quando mudamos pra cá. A Delma é uma pessoa muito querida pra mim, é minha amiga e minha prima. Quantas vezes saímos juntas e depois dormia na casa dela (lembra Delma?).
Temos, eu e meus irmãos, muito orgulho de pertencer aos Nicola e sermos netos do vô Maurilio. Eu e meu marido (Marcio) sempre ensinamos nossas meninas Jéssica e Mariana que não podemos esquecer nossas verdadeiras raízes.
E estamos aí para o que der e vier, esta frase é bem a minha cara mesmo. Estamos aí vida, vamos enfrentar todos os problemas de cabeça erguida! Abraços a todos!

2 comentários:

  1. Vania, vc é muito sortuda. teve os nonos só pra vc.kkkkk Vc deve ter tido uma infancia muito linda, cercada de mimos e muito amor. Achei linda a sua história. Bjs

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  2. Vania como voce escreve bem! Aos poucos vamos descobrindo talentos na familia. Dos seus avós eu me lembro da tia Joana, que tinha muito friu e sempre sentada na taipa do fogão de lenha com o terço na mão, ela rezava muito. Agora eu sei porque você é tão fofinha, foi muita amada pelos seus avós bjs

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